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Exposição “Mais Humano” é prorrogada até 17 de fevereiro

1.“Vista do Desterro”, de Bruggemann, integra a mostra “Mais Humano: Arte no Brasil de 1850-1930”, em Florianópolis

CR2 Fotografia/Foto Divulgação

Pela importância do acervo e expressiva visitação, a mostra “Mais Humano: Arte no Brasil de 1850-1930”, em cartaz no Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação, em Florianópolis (SC), está prorrogada até 17 de fevereiro de 2023. A partir de 2 de janeiro de 2023, voltou à normalidade, aberto, de segunda a sábado. Por tudo o que envolve e representa, pelo seu caráter didático, a exposição possibilita estudos, ampla visitação e dinâmicas do projeto educativo. Com entrada gratuita, pode ser um bom passeio cultural nestas férias de verão.

Iniciativa inédita que vitaliza o panorama institucional de artes visuais da Capital e qualifica o segmento turístico com a oferta de um equipamento cultural fora do roteiro da Ilha de Santa Catarina, instalado na principal rua do bairro Coqueiros, a Desembargador Pedro Silva, o instituto fundado em 30 de julho de 2022 salvaguarda a Coleção Collaço Paulo, de Jeanine e Marcelo Collaço Paulo, e promove a arte e a cultura por meio de programas de cunho educativo. O casal dedica-se há cerca de 40 anos à aquisição e conservação de um acervo que se concentra na representatividade dos artistas brasileiros do século 19 e dos catarinenses do século 20, abrangendo trabalhos de distintos períodos históricos, diferentes escolas, movimentos e estilos.

A instituição, comprometida com a difusão de obras que se conectam à história da arte, promove exposições, ações educativas, palestras, ciclos de debates, cursos, grupo de estudos, programas públicos como o Clube de Colecionadores de Arte de Coqueiros (CCAC), encontros e parcerias com o bairro e a cidade. O acesso à agenda se dá de forma on-line, em seu site e nas redes sociais, e de forma física, em sua sede. Em ambiente receptivo, a casa dispõe de espaço para exposições e um ateliê imersivo onde ocorrem as ações do núcleo educativo que buscam estimular a reflexão, a vivência e o conhecimento em artes visuais.

Coleção Collaço Paulo



2. Instituto Collaço Paulo abriga uma coleção de arte iniciada há 40 anos
Eduardo Marques/Foto Divulgação

A Coleção Collaço Paulo reúne a produção de distintos movimentos e escolas, compreendendo pinturas flamengas e da Escola de Cuzco, peças de arte sacra e obras nacionais e estrangeiras dos séculos 15 ao 21. Entre os artistas brasileiros, do século 19 e 20, estão Weingärtner (1853-1929), Eliseu Visconti (1866-1944), Georgina de Albuquerque (1885-1962), Victor Meirelles (1832-1903), Henrique Bernardelli (1858-1936), Belmiro de Almeida (1858-1935), Pedro Américo (1843-1905), Rodolfo Amoedo (1857-1941), Martinho de Haro (1907-1885), entre outros.

A catalogação do acervo também inclui Eduardo Dias (1872-1945), Hassis (1926-2001), Elke Hering (1940-1994), Pedro Paulo Vecchietti (1933-1993), Eli Heil (1929-2017), Schwanke (1951-1992), Meyer Filho (1919-1991), Valda Costa (1951-1993), Paulo Gaiad (1953-2016), Walmor Corrêa, além de outros. Uma das mais recentes aquisições, “Santo” (2022), é uma pintura de Miguel Afa, artista carioca que tem chamado a atenção da crítica brasileira.

As escolhas de aquisição estão assentadas nas predileções do casal que, desde a década de 1980, desenvolve o gosto pelo colecionismo no contato com obras de artistas de Santa Catarina e agrega uma diversidade de suportes e linguagens manifestas em pinturas, esculturas, desenhos, cerâmicas e objetos.

A coleção já atendeu diferentes projetos expositivos. O empréstimo de obras ajuda a dar consistência aos conceitos curatoriais. Entre outras mostras, parte do acervo já integrou “Eliseu Visconti 150 anos” (2016), realizada na Galeria Almeida e Dale, em São Paulo, “Iconografia 344” (2017), na Fundação Cultural Badesc, em Florianópolis, “Ismael Nery: Feminino e Masculino” (2018), no Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo, “Sensos e Sentidos” (2017), no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), “Trabalho de Artista: Imagem e Autoimagem” (2018-2019), na Pinacoteca de São Paulo, em São Paulo, e “Arquivos Implacáveis – Meyer Filho” (2022), no Masc, recém encerrada em razão de problemas de infiltração no prédio.

Exercícios da sensibilidade

Francine Goudel, curadora-chefe do Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação, assina a exposição “Mais Humano: Arte no Brasil de 1850-1930” que abre um caminho para a compreensão da arte e instrumento para o exercício da sensibilidade. Com essa dimensão, a pesquisadora embasa a proposta curatorial na necessidade de expansão do olhar sobre temas históricos nas artes visuais.

A mostra com 70 telas e duas esculturas reúne 34 artistas brasileiros e estrangeiros radicados ou com produção no país, oriundas das concepções acadêmicas de arte e do princípio das ideações do modernismo no Brasil. A seleção, um pequeno recorte da Coleção Collaço Paulo, convida a pensar o contexto da criação, mas, também e sobretudo, destaca a importância de olhar a obra na vertente dos estudos recentes da história da arte. Os blocos de interlocução para análise dos trabalhos criam conexões com o tempo presente.

SERVIÇO

O quê: Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação, exposição “Mais Humano: Arte no Brasil de 1850-1930”

Quando: Até 17.2.2023, segunda a sábado, 13h30 às 18h30

Onde: Rua Des. Pedro Silva, 2.568, bairro Coqueiros, Florianópolis (SC), tel.: (48) 3025-4058

Quanto: Gratuito

www.institutocollacopaulo.com.br

@institutocollacopaulo

Contatos:

NProduções: Néri Pedroso (48) 99911-9837, Instituto Collaço Paulo: [email protected]  (48) 3025-4058