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Plano Educativo do Instituto Collaço abre programas públicos

Entre novembro e dezembro, o Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação desenvolve as primeiras atividades de seu programa público para ampliar as metas do Plano Educativo concebido em uma parceria entre a pesquisadora Julia Rocha e a coordenadora educativa Joana Amarante. Nesta quinta, dia 3, às 19h, ocorre o primeiro de quatro encontros inaugurais da ação Instituto Conversa que propõe reflexão e construção de sentidos em torno do próprio instituto, do conceito curatorial, do colecionismo e da história da arte brasileira. Em formato híbrido, presencial e virtual, a iniciativa terá convidados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, que oferecem a possibilidade de aprendizagem e diálogo sobre temas estruturantes sobre a teoria e o sistema de arte.

Além da proposta curatorial que propõe a expansão do olhar sobre temas históricos nas artes visuais, a intenção é discutir sobre o sentido social na disponibilização de obras inéditas no contexto expositivo de Florianópolis, as possíveis conexões de acervos com o tempo presente e outras nuances reflexivas. O programa Instituto Conversa é gratuito e o público pode participar mediante inscrição com vagas limitadas.

Rede de Sentidos

O Plano Educativo do Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação aposta na formação a partir da visibilidade da Coleção Collaço Paulo com atividades, abertas e gratuitas, em torno de sete eixos voltados ao atendimento do público constituído para diferentes interesses e faixas etárias. Essas ações – visitas educativas, percursos, práticas imersivas, materiais educativos, formação com professores, sábados com arte e programas públicos –adotam uma série de recursos, de jogos e propostas lúdicas, de diálogos, reflexões e encontros que podem ocorrer em diferentes ambientes do instituto: no ateliê de imersão, nas áreas de convivência ou no próprio espaço expositivo.

As práticas de mediação e de imersão são acompanhadas por um arte educador da equipe do instituto, orientadas a partir de propostas em sintonia com a curadoria. Acada exposição é elaborado um material educativo voltado para professores, educadores e pesquisadores. Os materiais estimulam a leitura de imagens de algumas obras, como forma de ampliação dos debates construídos nas exposições, mas também com fins de registro e pesquisa, e podem ser adaptados a cada faixa etária e aos objetivos educativos de cada grupo.

Osencontros formativos com professores buscam uma primeira aproximação de professores, educadores e pesquisadores com a proposta da mostra, intencionando posteriormente trazer grupos para visitação. O Sábado com Arte quer afetividade, encontros intergeracionais, familiares – crianças acompanhadas de seus responsáveis -, visitantes espontâneos. Deseja possibilitar, também, o contato com outros espaços culturais, reforçando o papel de difusor da arte, da educação e da cultura.

Os programas públicos, por sua vez, almejam estimular pesquisas e discussões em torno das propostas curatoriais com ciclos de debate, encontros abertos, lançamentos editoriais e apresentações de temas que articulem as problemáticas da coleção e das exposições. A intenção é amplificar a dimensão educativa do instituto ao conectar-se com outras instituições e pesquisadores, além de criar material de documentação e estudo. Os programas públicos ideados são o Instituto Conversa, Instituto Estuda, Instituto Homenagem, Instituto Entrevista e o Clube de Colecionadores de Arte de Coqueiros (CCAC).              

Primeiro Instituto Conversa


Francine Goudel abre o programa Instituto Conversa, nesta quinta, às 19h30

Francine Goudel, curadora-chefe do Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação, abre o programa Instituto Conversa de modo presencial, no dia 3 de novembro, às 19h30. Na abordagem “Mais humano: Como Nasce uma Exposição e um Centro de Arte e Educação”, ela compartilha o desafio de se debruçar sobre parte da Coleção Collaço Paulo e, entre questões técnicas e artísticas, incorporar o compromisso didático em sintonia com os ditames da instituição. Expõe os próprios procedimentos diante de um acervo complexo que edifica a história da arte brasileira sob diferentes pontos de vista. “Mais Humano: Arte no Brasil de 1850-1930” reúne 70 telas, duas esculturas e 34 artistas brasileiros e estrangeiros radicados ou com produção no país, oriundas das concepções acadêmicas de arte e do princípio das ideações do modernismo no Brasil. A exposição fica aberta até o dia 21 de janeiro de 2023 (veja serviço).

Em 17 de novembro, às 19h30, em formato virtual, pelo Youtube, o tema é “Pintura Brasileira Entre os Séculos 19 e 20: Uma Coleção de Histórias”, apresentado por Ana Maria Tavares Cavalcantique ajudaráa compreender o contexto da criação do século 19 e 20, a busca de significados em sentido amplo, suas percepções técnicas, culturais e contextuais.

            No dia 1º de dezembro, às 19h30, de modo presencial, Ylmar Corrêa Neto inaugura o programa Clube de Colecionadores de Arte de Coqueiros (CCAC) com a fala “Um Clube de Colecionadores em Coqueiros”. Na ocasião aponta os objetivos da iniciativa que quer produzir conversas e reflexões sobre colecionismo.

Por fim, pelo Youtube, em 15 de dezembro, às 19h30, “O Pré-Modernismo de Eliseu Visconti”, é o assunto de Denise Mattar. Visconti (1866-1944), um dos artistas mais importantes da Coleção Collaço Paulo, foi aluno de Victor Meirelles (1832-1903) na Academia Imperial de Belas Arte. Estratégico no entre séculos 19 e 20, o pintor italiano desponta como o grande precursor na transição do cânone acadêmico para as rupturas do modernismo.

O Instituto Conversa se articula em uma fala do pesquisador convidado com duração aproximada de 40 a 60 minutos, seguida de uma conversa aberta com o público de mais 30 minutos.


“Sem Título” (1925), tela de Belmiro de Almeida que integra a mostra aberta até 21 de janeiro de 2023, no Instituto Collaço Paulo

Sobre os convidados – minibio

Ana Maria Tavares Cavalcanti – mestre e doutora em história da arte (Université de Paris 1 – Panthéon-Sorbonne), com pós-doutorado no Institut national d’histoire de l’art (França), é professora associada da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, atua na graduação e pós-graduação. Realiza curadorias de exposições de arte brasileira e desenvolve pesquisas na área de história da arte, com estudos sobre as relações artísticas entre Brasil e Europa, com foco na produção dos artistas no Brasil nos séculos 19 e 20.

Denise Mattar – foi curadora do Museu da Casa Brasileira (1985/87), do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1987/89), ambos em São Paulo, e do Museu de Arte Moderna (1990/97), no Rio de Janeiro. Como curadora independente realizou mostras de artistas como Di Cavalcanti (1897-1976), Flávio de Carvalho (1899-1973), Ismael Nery (1900-1934), Pancetti (1902-1958), Iberê Camargo (1914-1994), Sacilotto (1924-2003), Anita Malfatti (1889-1964), Samson Flexor (1907-1971), Portinari (1903-1962), Alfredo Volpi (1896-1988), Guignard (1896-1962), Yutaka Toyota, algumas das quais premiadas pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

Francine Goudel – doutora em artes visuais – teoria e história, pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), mestre em estudos avançados em história da arte pela Universidade de Barcelona, Espanha, pós-graduada em Gestão Cultural pela Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina, é pesquisadora, curadora, produtora cultural e professora. Atualmente é curadora-chefe do Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação.

Ylmar Corrêa Neto – neurologista e professor associado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Coleciona arte relacionada com Santa Catarina. Já organizou e escreveu livros sobre Martinho de Haro (1907-1985), Eli Heil (1929-2017) e Paulo Gaiad (1953-2016) e fez a curadoria de exposições de Eli Heil, Rodrigo de Haro (1939-2021), Carlos Asp, Paulo Gaiad e do acervo do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc). É coordenador do recém-criado Clube de Colecionadores de Arte de Coqueiros no Instituto Collaço Paulo.

SERVIÇO

Instituto Conversa

O quê: Instituto Conversa, “Mais humano: Como Nasce uma Exposição e um Centro de Arte e Educação”, com Francine Goudel

Quando: 3.11.2022 (quinta), 19h30 às 21h

Onde: Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação, rua Des. Pedro Silva, 2.568, bairro Coqueiros, Florianópolis (SC)

Quanto: Gratuito

Inscrições: [email protected]

Capacidade de público: 34 pessoas

O quê: Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação, exposição “Mais Humano: Arte no Brasil de 1850-1930”

Quando: Até 21.1.2023, segunda a sábado, 13h30 às 18h30

Onde: Rua Desembargador Pedro Silva, 2.568, bairro Coqueiros, Florianópolis

Quanto: Gratuito

AGENDA INSTITUTO CONVERSA

3.11.2022, às 19h30, no Instituto Collaço Paulo

“Mais humano: Como Nasce uma Exposição e um Centro de Arte e Educação”, com Francine Goudel (SC)

17.11.2022, às 19h30, pelo Youtube

“Pintura Brasileira Entre os Séculos 19 e 20: Uma Coleção de Histórias”, com Ana Maria Tavares Cavalcanti (RJ)

01.12.2022, às 19h30, no Instituto Collaço Paulo

“Um Clube de Colecionadores em Coqueiros”, com Ylmar Corrêa Neto (SC)

15.12.2022, às 19h30, pelo Youtube

“O Pré-Modernismo de Eliseu Visconti”, com Denise Mattar (SP)

SAIBA MAIS

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CONTATO

NProduções – Néri Pedroso (48) 99911-9837/3025-4058

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